quarta-feira, 23 de abril de 2008

Robert Johnson

Fodão.

Robert Johnson - The Legendary Blues Singer


01 - Kindhearted Woman Blues
02 - Sweet Home Chicago
03 - Terraplane Blues
04 - Phonograph Blues
05 - Cross Road Blues
06 - Preaching Blues (Up Jumped The Devil)
07 - I'M A Steady Rollin' Man
08 - Little Queen Of Spades
09 - Drunken Hearted Man
10 - Me And The Devil Blues
11 - Stop Breakin' Down Blues
12 - Love In Vain
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terça-feira, 22 de abril de 2008

Magik Markers

Mais uma banda que começou como um trio e se tornou uma dupla. Os Magik Markers, uma descoberta que eu fiz bem recentemente, surgiu em 2001 com Leah Quimby no baixo, Elisa Ambrogio na guitarra e Pete Nolan na batera. Eles ganharam fama abrindo para o Sonic Youth durante a sua turnê americana de 2004. O disco de estréia deles saiu em 2005 pela Ecstatic Peace!, a gravadora do Thurston Moore. Até então a banda produzia álbuns que eram distribuidos em cds-r. Em 2006, Leah abandonou a banda, que continuou como uma dupla. O disco que eu posto aqui pra vocês é o segundo de estúdio deles e se chama "Boss", e foi produzido pelo Lee Ranaldo, do Sonic Youth.


Magik Markers - Boss (2007)

Ruídos. Eu ainda vou falar muito essa palavra aqui. E é assim que começa "Boss", com uma improvisação ruidosa na guitarra. A bateria surge e a música toma formato de canção. Os vocais de Elisa são muito semelhantes com os de Kim Gordon. Aliás, até então os Magik Markers faziam apenas improvisações e temas experimentais, a partir deste disco é que eles começam a trabalhar em canções, mas sem abandonar o experimentalismo e o noise. As músicas todas se baseiam no barulho guitarrístico. "Body Rot", a segunda faixa, é rápida, como um punk rock, e lembra algumas canções de "Sister", disco de 86 (se não me engano) do Sonic Youth. "Last of the Lemach Line" é mais lenta, mas continua lembrando o Sonic Youth oitentista com Kim Gordon nos vocais. "Empty Bottles" é uma surpresa: pianos e vocal melódico. Very Beautiful. Em "Taste" a guitarra retorna, criando um clima viajante sobre a base bateria/baixo (acredito que aquilo seja um baixo, talvez seja uma guitarra, se alguém souber, diga). A faixa 6 começa com piano, ameaçando ser mais uma balada como "Empty...", mas ela segue lenta com guitarra e vozes no fundo. "Pat Garrett" é instrumental e baseia-se nos mais variados sons produzidos na guitarra. Extremamente viajante. "Bad Dream / Hartford's Beat Suite" inicia com contagem e mais uma surpresa: violão folk dedilhado e uma paisagem bonita tecida pela guitarra. Triste e bonita, com Elisa cantando melodicamente de novo. E isso a torna superior à baixista do SY: a melodia vocal. Dá pra contar nos dedos de uma só mão as músicas em que Kim canta de forma tão bela assim. Voltando ao mundo noise, a última música do disco traz um clima pesado, com guitarras que parecem o som de ventos uivantes, e que vão se tornando mais agressivas à medida que a canção se desenvolve. E "Circle" se despedaça nos seus últimos segundos, pondo fim à essa obra que deve agradar muito aos fãs do SY, assim como agradou a mim.
  1. "Axis Mundi" - 6:23
  2. "Body Rot" - 2:19
  3. "Last of the Lemach Line" - 8:59
  4. "Empty Bottles" - 4:32
  5. "Taste" - 4:21
  6. "Four/The Ballad of Harry Angstrom" - 5:22
  7. "Pat Garrett" - 4:08
  8. "Bad Dream/Hartford's Beat Suite" - 4:12"
  9. "Circle" - 3:15
Tamanho:68 MB Download

E aqui dois vídeos da banda ao vivo.

Pat Garret:


Free Jam:


Alguns links:
A página deles no site da Ecstatic Peace!
Myspace
Entrevista que eles deram ao site Bodyspace

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Primeiro Post: Lightning Bolt




Esse é o primeiro post do NOISENOISENOISENOISE, um blog que se propõe a ser um lugar de divulgação e discussão sobre noise rock, música experimental ou qualquer coisa. Peço que todo mundo comente, se não não dá pra ter uma noção da popularidade do blog. E na estréia eu vou falar do Lightning Bolt.

O Lightning Bolt é uma dupla formada por Brian Gippendale na bateria e vocais e Brian Chibson no baixo. A dupla faz um noise rock brutal, baseado na bateria (extremamente) forte de Gippendale e no baixo distorcido de Chibson. A banda surgiu em 1994, como um trio, mas em 1996 o guitarrista decidiu abandonar o grupo. Os dois Brians seguiram em frente, sem guitarrista mesmo, e gravaram o primeiro disco auto-intitulado em 1997. Em 2001 eles lançaram o segundo álbum, chamado "Ride The Skies". Infelizmente, não consegui achar esses dois primeiros discos, mas quem quiser ouvir "13 monsters", a terceira faixa de "Ride..." é só clicar aqui. Nesse post vou disponibilizar os dois últimos discos da banda, "Wonderful Rainbow" (2003) e "Hypermagic Mountain" (2005).

Wonderful Rainbow (2003)

"Wonderful Rainbow" começa com o noise inofensivo "Hello Morning", mas logo descamba na paulera "Assassins", com baixo repetitivo e vocais escondidos na massa sônica criada pela banda.
Tem solinho no começo de "2 Towers", um intervalo calminho aos 2:34 de "On Fire", mais solinhos em "Crown of Storms", a vinheta"Wonderful Rainbow", mas só na última música o baixo parece realmente um baixo, nos 6 minutos de "Duel in The Deep", que finaliza o álbum com ruídos estrindentes.
  1. "Hello Morning" – 0:55
  2. "Assassins" – 3:43
  3. "Dracula Mountain" – 5:11
  4. "2 Towers" – 7:08
  5. "On Fire" – 4:42
  6. "Crown of Storms" – 5:09
  7. "Longstockings" – 3:17
  8. "Wonderful Rainbow" – 1:29
  9. "30,000 Monkies" – 3:50
  10. "Duel in the Deep" – 6:16
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*Link tirado do blog Música de Cabeceira



Hypermagic Mountain (2005)

O disco abre com um riff de baixo, e a bateria entra logo, rápida e brutal, conduzindo a barulheira com competência (competência é pouco. Genialidade, talvez). O disco segue nesse ritmo, com uns momentos interessantes, como o ruído repetitivo obtido pelo baixista nos segundos derradeiros de "Magic Mountain", o solo de baixo que abre "Bizarro Zarro Land", um solo de metal que impressiona por ter sido feito no baixo (semelhante ao de "2 Towers" ou "Crown of Storms", do disco anterior), e o noise ambient "Infinity Farm", o momento mais calmo do disco, que me lembrou muito o NEU!. Mas o forte das músicas do Lightning Bolt continua sendo os momentos agressivos, perfeitos para descarregar toda a energia "headbangerando".
  1. "2 Morro Morro Land" – 3:43
  2. "Captain Caveman" – 3:19
  3. "Birdy" – 3:06
  4. "Riffwraith" – 3:03
  5. "Megaghost" – 6:01
  6. "Magic Mountain" – 4:55
  7. "Dead Cowboy" – 7:58
  8. "Bizarro Zarro Land" – 4:47
  9. "Mohawkwindmill" – 9:38
  10. "Bizarro Bike" – 5:18
  11. "Infinity Farm" – 2:46
  12. "No Rest for the Obsessed" – 2:10
Tamanho: 64MB Download

"Wonderful Rainbow" e "Hypermagic Mountain" estão no mesmo nível de qualidade, mas eu prefiro o primeiro pela "reta final" (que não tem nada de reta) que vai de "Longstockings" até "Duel in the Deep". E apesar da audição dos discos ser interessante, assistir eles ao vivo deve ser muito melhor. Ou pior (se você for cardíaco). A banda não fica em cima do palco, ela fica no meio do pessoal. Imagina o que é sentir essa barulheira toda bem na sua frente:



Bom, por hoje é só, eu acho que eu não vou conseguir fazer posts gigantes que nem esse todo dia, eu só fiz hoje porque é feriado e eu não tenho o que fazer. É isso. Tem versões ao vivo das músicas pra baixar no site deles. Quando eu conseguir os outros discos deles eu posto aqui pra vocês.

Lightning Bolt
Site
Myspace
Site da LOAD Records (a gravadora deles)